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quinta-feira, fevereiro 16, 2006
so long, farewell, au revoir, auf wiedersehen ; 10:05 da tarde



[..."boyfriends, girlfriends, old friends."]


Foste o meu passado.

Segredos, segredos, segredos numa noite sem lua. A ti não conto, não entendes.

Estás enganado, menino, muito enganado. Um grande prémio para quem adivinhar, dois passos para ficar milionário.

Olho para trás e não encontro. Não vejo o que via.

A menina está farta de jogos sem regras.

Há uma razão, há sempre uma razão. Talvez tu não compreendas.

Foste o meu passado e não me interessa.

Não realmente.

A menina bonita não é boa pessoa. Ooops.

Olha para o lado, menina bonita, fecha os olhos. O que está para trás ficou para trás.

Os meninos não gostam, estão zangados.

Pena.

Tens um segredo e eu tenho um segredo e não conto.

Perdeste o direito de saber. Há muito tempo.

Por isso não chateies, menino bonito, vai dar uma curva.

Já lá vai o tempo em que me importava.

segunda-feira, fevereiro 06, 2006
sete bagos de romã (excerto) ; 9:37 da tarde


[Not new, but not an even death may die oldie either]



O mundo é a preto e branco, mas ninguém sabe.

Todos vêm cores onde há apenas milhões de tons de cinzento. Cinzento onde amarelo, cinzento onde vermelho, cinzento onde azul.

O mundo é um quarto escuro, mas todos vêm luz. Mesmo os que não vêm. Todos vêm luz onde ela não há.

E todos tocam as pedras. E há choques. E todos insistem em continuar a tocar as malditas pedras. E não aprendem.

E nunca aprendem.

E há gritos. E choros. E nada. Perseguem-nos os gemidos ténues dos que não morreram. Dá-se-lhes com um martelo na cabeça, mas continuam vivos, com os miolos de fora. E gritam, revoltando-se ao menos em intenção, certos de que são bons.

E o sangue é vermelho. O sangue é sempre vermelho. E quente.

E o morcego, que dorme ao contrário, espreita o que se passa, por debaixo da asa. Mas não vê nada. Porque os morcegos são como as pessoas. Não vêm nada. Mas pensam que sim.

Ainda bem que pensam que sim.

Chora, pequena, chora. Olha uma martelada! Não choras mais.

E o tipo baixinho do bigode era um boneco que falou mais alto do que a conta. E quem chegou ao chão, não chegou ao céu. E não interessa.

Não verdadeiramente.

E quando alguém perguntou se sem relógios continuaria a haver tempo, mataram-se os relógios e a humanidade ficou eternamente parada nas onze e meia. E foi trágico, quando todos morreram de fome, parados a meia hora da hora de almoço.

E quando entraram no Céu do deus morto, todos afiançaram que eram bons.

E ganharam um chupa-chupa.

fairy tales (mas todas as fadas morreram) ; 9:20 da tarde



[Oldie]


Era uma vez uma princesa.

E ela era bonita, magra e linda, como todas as princesas são. E não era loira, porque nunca foi desenhado. Se o tivesse sido, teria passado a ser. Loira. E a princesa era boa, pois todas as princesas são boas e puras e delicadas.

E um dia a princesa bonita, magra, linda, boa, pura e delicada foi fechada numa alta torre por uma bruxa má. Porque todas as bruxas são más e feias e terríveis e é isso que fazem: fecham princesas em castelos ou torres, ou o que quer que tenham à mão naquele preciso momento. E a bruxa, que era também madrasta da princesa (porque é isso que as bruxas são, madrastas de princesas), não dava mais comida à pobre rapariga senão água e pão. E a pobre rapariga, que não comia pão, começou a ter muita fome e a ficar muito desesperada.

Então apareceu o princípe encantado, porque é nesta altura que eles geralmente aparecem, e lutou contra a bruxa má, feia e terrível. E salvou a pobre donzela em apuros, demonstrando assim a virilidade bem conhecida dos príncipes encantados que salvam donzelas em apuros.

E o príncipe apaixonou-se pela princesa, porque ela era princesa e bonita e magra e linda e boa e pura e delicada. E é isso que acontece.

E a princesa apaixonou-se. Porque o príncipe era encantado, belo e viril, e salvara a sua virtuosa pessoa das garras da bruxa feia e má.

E o anão, que era simplesmente um anão, carregou no botão. E a bomba atómica matou-os a todos, bruxa, princesa e príncipe. E se havia um rei, como decerto devia haver, morreu também.

E o anão foi fazer uma sandes, porque tinha um ratinho no estômago.

sábado, fevereiro 04, 2006
a história trágica e verídica do amor eterno - contada pelo rato do campo, que era um travesti ; 8:52 da tarde


[Another oldie. Sorry, kids. Getting bored, never a good sign...]


Morreste.

Tinhas de morrer. Era imperativo que morresses, que eu ficasse viva. Assim determina quem canta o fado, ou não canta.

Pois o amor eterno tem de ser belo, jovem e trágico.

E tem de ser veludo de encontro à pela, água cálida, banho de espuma. E alguém tem de morrer. Aí reside a eternidade dos que prometeram para sempre. É essa a verdade em que reside a tragédia e a doçura.

E passo de dança por detrás dos olhos, e beijo escondido por detrás da janela.

E todos os românticos fecham os olhos, deliciados, aéreos como só eles ficam, num estado que os aproxima dos deuses, enquanto caem ao abismo.

Ainda bem pelo abismo.

E quando caem por não ter asas, fecham os olhos e dormem.

E sonham.

E não importa. Não realmente. Porque a traça ama a chama quando nela morre, destino fatídico por ser quem é.

E se Adão mordeu a maçã, foi porque quis. Porque a desejou mais do que tudo. Porque a amou mais do que a um deus morto. E porque Eva lha deu.

E o homem cego sentou-se ao fundo das escadas.

E estendeu a mão.

quarta-feira, fevereiro 01, 2006
melodia a 3 vozes - mas as outras duas fugiram e nunca mais ninguém as viu ; 9:34 da tarde


[Oldie. Way too lazy to add something new today]


As ruas são escuras e desertas e as pedras são o eco dos passos lá percorridos, calcorreados, traços de pedra cinzenta e quadrada e redonda, fragmentada. As capas negras voam por cima dos ombros e quem olha pensa que vê e percebe e compreende.

Nem tanto.

Ouve-se ao longe uma guitarra e alguém canta. Algo. Brinde, passo, mão, livro, cartilha.

Livro.

Anfiteatro nas ruas que descem e algo mais nas que sobem. Pedras brancas, casas brancas, pescadores à beira rio. Um copo de vinho e uma piada - meninas tapem os ouvidos.

Ora é o tapas.

E riem. Por algum tolo motivo riem.

E há os olhos e os comunas e os outros; e os que se importam e os que nem por isso; e os estrangeiros e os nacionais e os que não são. E todos brilham, cinco minutos de fama.

Façam vénias, meninos, façam vénias.

Camões piscou o olho - o bom, porque o outro já não pisca - e ninguém viu. Só eles. E riram mais.

Pois sim, sr. Ministro, tem razão, sr. Ministro. Vá para o diabo, sr. Ministro.

Escreve, escreve, depressa que já não apanhei. A chuva cai do céu e todos olham para cima.

Chuva na cara.

Capas ao ombro e vénia.

Desce a cortina.

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